PNBL – Plano Nacional de Banda Larga

O que é PNBL? Nada mais que mais uma investida do governo, portanto PNBL é o Plano Nacional de Banda Larga. O Lançamento oficial foi em maio do ano passado. E o objetivo é levar internet pelo Brasil afora. Um tempo atrás o nosso ministro das telecomunicações Paulo Bernardo disse, que o governo entrou em acordo com as teles sobre a proposta do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que pretende levar internet com velocidade de 1 Mbps para todo o país, com custo de R$ 35 ao mês para os assinantes. Porém a velocidade e a forma que vão levar a internet por aí, não me agrada muito a principio. A intenção é oferecer velocidade de 1 Mbps com preços começando a partir de R$ 35. As mensalidades dos planos de 1 Mbps oferecidos hoje pela maioria das operadoras custam a partir de R$ 39,90, tendo em vista e comparando os preços de Curitiba e região metropolitana. A banda larga poderá chegar a R$ 29,90 nos estados que aceitarem retirar o ICMS do serviço. E os que não aceitarem? E ainda para baixar um arquivo de 1,2 GB da internet com conexão de 1 Mbps, o usuário levaria 2h40, aproximadamente. Uma carroça! O cidadão que for baixar um filme nessa velocidade pode pegar sua família fazer um passeio a um parque e quando voltar com sorte terá feito o download ou se preferir pode optar em assistir o filme Avatar que tem 2 horas e 40 minutos de duração. Para você entender melhor hoje um plano com velocidade 15 Mbps custa em média R$ 60,00. E o mesmo filme baixado a nessa velocidade de 15 Mbps leva 15 minutos no máximo.

Sem contar que os pacotes de algumas operadoras desse plano preveem, para a banda larga fixa, limite de 500 MB e, depois, 1 GB. Para a móvel, a variação vai ser de 150 MB, 200 MB e 300 MB. O que é isso? Nem um filme!

Quando o assinante atingir esses limites, vai ter a opções de pagar um adicional para manter a velocidade da conexão. Caso contrário, a velocidade será reduzida, mas o serviço será mantido. O contrato não prevê, porém, a obrigatoriedade de as concessionárias manterem uma velocidade mínima. Portanto cuidado. O custo não está valendo o “benefício”.

Assim o governo acredita fielmente em triplicar este serviço que hoje esta disponível em aproximadamente em 12 milhões de domicílios. É um plano bem pretensioso no meu ponto de vista!

A Telebrás é a gestora do plano e as empresas privadas atuarão de forma complementar, levando o serviço ao usuário final. A mesma Telebrás será encarregada de implementar a rede de comunicação da administração pública federal e prestar suporte a políticas de conexão à internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais e outras localidades de interesse público. A estatal só levará o serviço para os usuários finais se não houver oferta de participação de empresas privadas. O que praticamente continuará a mesma coisa.

Custo

E como todo plano do governo essa “brincadeira” não será uma barganha! Quando foi anunciado o plano, a previsão do custo do PNBL de 2010 a 2014, entre as desonerações, capitalização da Telebrás, investimentos em pesquisa e financiamentos, era de aproximadamente R$ 12,8 bilhões. Era! O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social o nosso velho conhecido BNDES ficou encarregado de emprestar R$ 6,5 bilhões para aquisição de equipamentos de telecomunicações com tecnologia nacional, e R$ 1 bilhão para micro, pequenos e médios prestadores de serviços de telecomunicações e lan houses.

Cidades

O lado triste ou talvez o lado bom para nós que moramos no Paraná é que não vamos ter esse programa pelo menos no início. Os estados com mais cidades listadas são Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com 8 cada. Nenhuma dos cem municípios fica nos estados da região Sul. No Norte, apenas Tocantins, com 6 cidades, entrou na lista. Já o Centro-Oeste será beneficiado com a implantação do projeto em 6 municípios goianos. Opa o sonho mentiroso acabou! Pelo menos por enquanto!

2 Comments

  1. Jorge set 13, 2011

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